Gerontopsicomotricidade como estratégia de intervenção socioeducativaum estudo com pessoas idosas da região norte de Portugal

Abstract

O envelhecimento constitui uma etapa de vida que exige adaptação, dado que encerra um conjunto de modificações: somáticas, psíquicas, afectivas, psicomotoras; as quais mergulham em atitudes ambíguas, auto-desvalorizações, reacções emocionais, resignações profundas, comportamentos regressivos, etc.; que urge combater com medidas activas, educativas, reabilitativas e dinâmicas. Nesse sentido, com o objectivo de combater o desdesenvolvimento ou retrogénese psicomotora, realizou-se um estudo sobre o envelhecimento, para melhor compreensão de como a evolução humana caminha para a involução e num ritmo mais acelerado no período final da vida. Paralelamente a essa compreensão, foram abordadas as políticas sociais mais implementadas, essencialmente em Portugal. Nesta conformidade, obteve-se um estudo teórico-empírico relacionado com educação e saúde e no âmbito de uma intervenção socioeducativa com base na gerontopsicomotricidade, tendo-se obtido uma avaliação qualitativa e quantitativa das capacidades psicomotoras e do nível de condição física das pessoas idosas. Verificou-se, que uma intervenção socioeducativa activa e dinâmica, poderá ser uma estratégia essencial para a continuidade de uma participação activa das pessoas idosas no seu meio envolvente, garantindo-lhes a qualidade de vida mais desejável. Quer dizer, apesar de se verificar uma retrogénese progressiva conforme a evolução da idade, a mesma poderá ser retardada, dada a maior liberdade de movimentos que pressupõe uma superior capacidade funcional e por outro lado a maior liberdade de pensamentos, de reflexão, em virtude da reabilitação e habilitação das capacidades psicomotoras, pressupondo a conexão ajustada entre a componente psíquica e a componente motora. No âmbito de um contexto evolutivo, conclui-se que é necessário a implementação de políticas sociais e políticas educativas, dirigidas ao colectivo de pessoas idosas, como forma também de dar resposta ao fenómeno envelhecimento demográfico.